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Entre as vias de administração de fármacos, temos as parenterais, que incluem: intravenosa, subcutânea e intramuscular. Soluções injetadas intravenosamente podem ser dadas em bolus (injetadas completamente de uma só vez) ou infudidas lentamente a uma taxa constante no plasma.
Usando o modelo de um compartimento, podemos representar a situação de infusão intravenosa pelo esquema abaixo:
Seguindo o princípio
- Taxa de variação da concentração da droga no compartimento = Taxa de entrada da droga – Taxa de saída da droga
E considerando que,
- A droga é infudida no sangue a uma taxa constante (Taxa de ordem zero)
- A eliminação da droga é diretamente proporcional a concentração desta no compartimento (Taxa de eliminação de primeira ordem)
Temos que:
Esta equação diferencial, por ser separável, pode ser resolvida por integração direta. Observe que a concentração inicial da droga no compartimento (tempo zero) é zero.
- (1)
A integral do segundo membro é trivial. Já a do primeiro membro pode ser resolvida por uma substituição simples:
- (2)
- (3)
A substituição exige a mudança do intervalo de integração:
- (4)
- (5)
Substituindo (2), (3), (4) e (5) em (1):
- , que representa a equação concentração plasmática x tempo para este modelo
No começo e, portanto:
o que indica que a função é crescente no tempo t=0. A medida que o tempo prossegue, vai dimuindo, mas continua positiva, mostrando que a função é crescente em todo o seu domínio. Quando t tende ao infinito, temos que a taxa de infusão se iguala a taxa de eliminação do fármaco, situação que é chamada de Estado de Equilíbrio estável (Steady State). A concentração plasmática tende a um valor denominado . Ele é calculado por: